Logística de distribuição: o que é e suas etapas

Logística de distribuição na cadeia de suprimentos
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A logística de distribuição é o conjunto de todos os processos, operações e atividades ligadas à gestão de mercadorias e sua movimentação dentro de todo o fluxo logístico, desde sua fabricação até sua chegada nas mãos do cliente final.

Entenda mais sobre a logística de distribuição e quais são suas etapas aqui neste artigo.


1 → O que é logística de distribuição 

Dentro da logística, como já vimos em outros artigos aqui do Blog, existem ramificações que se completam.

Com semelhanças com a logística de produção, o fullfilment e também com a intralogística, a logística de distribuição compartilha de algumas características, mas também se destaca por um ponto em que está mais focada que as demais variações: a movimentação.

É aqui que a logística de distribuição atua, inclusive, representando na prática, o conceito que temos de cadeia de suprimentos.

Afinal, qual o conceito da cadeia de suprimentos?

Pelo que sabemos, ela é uma visão ampla de todo o fluxo logístico de um produto, partindo desde sua confecção (não ignorando o recebimento de matéria-prima para sua fabricação) e todas as etapas do fluxo logístico, até finalmente cair na last mile, onde chega nas mãos do cliente final.

Partindo dessa linha de raciocínio, temos a logística de distribuição que compreende essas mesmas características, mas influenciando principalmente no deslocamento deste produto

Veja bem, quando falamos em deslocamento, não estamos falando apenas sobre transporte do produto, mas sobre toda movimentação que ocorre dentro desse fluxo da cadeia de suprimentos.

É por isso que a logística de distribuição envolve muito planejamento, como veremos adiante.

2 → Como funciona a logística de distribuição 

Como vimos acima, a logística de distribuição representa muito bem o conceito da cadeia de suprimentos, traduzindo todo esse fluxo de movimentação de produto em processos.

Na logística de distribuição, por exemplo, são geridas coisas como:

  • A produção de uma mercadoria;
  • Expedição;
  • A saída e movimentação do produto entre as etapas do fluxo logístico (armazenagem, pátio, transporte);
  • Escolha dos canais de venda (baseados no tipo de produto);
  • O transporte do produto para o cliente.

Perceba que embora ela trate – como o nome entrega – da distribuição do produto e muito dessa distribuição tem relação com o transporte, também envolve todas as outras etapas do fluxo logístico, como armazenagem, pátio, vendas e outras.

Cuidar da logística de produção é entender, antes de mais nada, que logística se faz compreendendo a relação entre as etapas e só então, otimizando.

E por falar em etapas, entenda agora quais são as etapas da logística de distribuição.

3 → Quais as etapas da logística de distribuição 

Conferência de mercadoria

Conferência, checagem e expedição de mercadorias são práticas corriqueiras dentro da logística de armazenagem e, logicamente, também presentes na logística de distribuição.

É aqui que a mercadoria transita entre o armazém e o pátio logístico, resultando no transporte rumo ao cliente final.

O problema é que também é uma área sujeita a diversos problemas de origem humana, já que é um trabalho onde muitas empresas ainda insistem em soluções manuais.

O uso de um WMS (software de gestão de armazenagem) é uma ótima alternativa nessa etapa, pois como veremos mais adiante, pode auxiliar a gestão de armazenagem e automatizar diversos processos, também tornando vários outros mais assertivos e livres de falhas e retrabalhos.

Roteirização de entregas

A roteirização das entregas ainda é feita por muitas empresas de forma manual, ou utilizando o que é possível do TMS, porém, já temos hoje em dia um software dedicado exclusivamente a isso: o roteirizador.

Ele fornece ao gestor de transporte a possibilidade de roteirizar suas entregas de mercadorias com base em diversos critérios como tempo, segurança, condições climáticas, entre tantos outros, mas visando o equilíbrio entre três dos maiores objetivos da logística de transporte:

  • Redução de gastos;
  • Redução do tempo gasto com o transporte;
  • Cumprimento de prazos.

Controle de frete 

Quando falamos mais acima que a logística de distribuição tem muito a ver com planejamento, é porque em etapas como o controle de frete, isso se reflete.

Com uma boa roteirização, tem-se uma noção mais assertiva dos gastos futuros referentes a cada rota planejada.

Como pode ver, embora as etapas sigam uma ordem dentro do fluxo logístico, todas se integram.

No caso do controle de frete, com uma boa gestão de transporte e uma roteirização bem planejada, os melhores preços podem ser definidos com base na necessidade para cada tipo de produto transportado (dependendo do tipo de mercadoria, existem rotas e vias mais indicadas do que outras) e no prazo estabelecido para a entrega.

Ter um controle de frete é evitar desperdício de dinheiro dentro da logística de distribuição.

Gestão de transporte 

A gestão de transporte ou logística de transporte como conhecemos, é uma das partes mais importantes do fluxo logístico de uma mercadoria.

Sendo a parte que compreende a movimentação da mercadoria nas estradas em direção ao cliente final, ela cuida daquela ponta onde o cliente tem uma – ainda que limitada – visão da logística do seu produto, conhecida também como last mile (última milha de entrega).

É aqui que todo o cuidado é pouco, justamente por ser uma etapa diretamente ligada ao cliente final e que se não for bem feita, pode resultar em uma devolução de mercadoria, uma queda na confiança dos clientes e em cenários piores, uma mancha na imagem da empresa.

Fazer uma boa gestão de transporte hoje em dia pode ser uma tarefa muito mais fácil com o auxílio de um TMS, o software de gestão de transporte que otimiza e elimina diversos gastos desnecessários dessa etapa.

4 → Diferença entre logística de distribuição e logística de transporte

Muitas pessoas podem confundir a logística de distribuição com a logística de transporte, por ter uma ênfase bem grande na movimentação de mercadoria.

No entanto, é importante destacarmos aqui que embora as duas compartilhem de características, o foco não é o mesmo.

Quando falamos em logística de transporte, nos referimos restritamente a isso: o transporte da mercadoria.

Falando de forma prática e objetiva, a logística de transporte é a última etapa do fluxo logístico antes do cliente final, é falar de transportar a carga em direção ao cliente.

Falar de logística de distribuição, é falar de processos e várias etapas distintas que fazem parte da cadeia de suprimentos e ditam a forma como o produto é distribuído entre essas várias etapas, incluindo a de transporte.

Lembrem-se, a logística não é uma só coisa, é uma série de etapas, conceitos e processos práticos que se integram a todo momento em um fluxo dinâmico de operações.

5 → Como otimizar a logística de distribuição 

Invista em sistemas de gestão 

Na logística 4.0 a tecnologia é um grande trunfo para maximizar a eficiência de processos, economizar dinheiro e agilizar operações com a mínima incidência de problemas.

Convenhamos, querer utilizar processos manuais com uma enorme variedade de ferramentas para otimizar sua gestão logística, é dar murro em ponta de faca.

Entre os vários softwares disponíveis no mercado logístico, três deles seguem sendo os três mais buscados e efetivos dentro da logística: o WMS, o YMS e o TMS.

Ambos possuem forte impacto na logística de produção.

O WMS age diretamente na armazenagem, automatizando processos e operações importantes como a já citada expedição de mercadorias, além do despacho, emissão de documentos e tantos outros processos.

O YMS cuida de uma parte importante do fluxo logístico, a gestão de pátio.

É na gestão de pátio que ocorre a ponte entre o armazém e o transporte da mercadoria. Essa passagem da mercadoria pelas docas nas operações de carga e descarga de produto, faz toda a diferença no tempo consumido pela logística da empresa.

Com um YMS como o Trackage Maestro, por exemplo, você consegue reduzir bastante o tempo dessa etapa logística, já que grandes problemas conhecidos pelos gestores como as temidas filas de caminhões na portaria, são completamente eliminados.

Por fim, o TMS age na etapa do transporte da mercadoria e tudo que está relacionado diretamente a essa parte, como a gestão e manutenção das frotas de caminhões, permitindo também economizar dinheiro com manutenções desnecessárias fora do tempo.

Faça gestão de estoque 

A gestão de estoque é a parte da logística que cuida de todo o armazenamento das mercadorias em um espaço físico adequado.

Aqui, o uso do WMS como ferramenta de gestão de armazenagem faz total diferença na eficiência dos processos. É sem dúvida alguma, a melhor forma de fazer essa gestão.

Veja alguns exemplos do que o WMS fornece ao gestor de estoque, como ferramenta de gestão:

Distribuição

Relacionado diretamente à logística de distribuição, o WMS ajuda no processo de paletização, emissão de notas fiscais, impressão de etiquetas e compõe planos de armazenagem.

Geração de relatórios

Se feito de forma manual, os relatórios levam um tempo absurdo para serem emitidos.

Com o uso de um WMS esses relatórios são emitidos de forma automática e configurável de acordo com a necessidade daquele estoque, permitindo ter informações corretas nas tomadas de decisões estratégicas dentro da logística de um armazém.

Mapeamento e solicitações por Picking

Picking é o processo de separação e armazenagem voltado para a distribuição, dividido entre recebimento, armazenagem, separação e expedição.

No mapeamento por Picking, o WMS faz uma análise usando informações geradas diariamente em cada processo de picking, dando ao gestor a oportunidade de planejar ações de negócio, baseadas em possíveis cenários simulados pelo WMS.

Já as solicitações podem ser feitas pelo próprio sistema de forma automática, quando ele identifica um ponto que requer melhoria dentro das operações, como por exemplo, uma outra forma de organizar uma parte do estoque, visando aproveitar melhor o espaço físico disponível.

Tenha uma previsão de demanda

Mesmo com o uso constante da tecnologia, o gestor precisa estar preparado para imprevistos e a melhor forma de lidar com eles é planejando as demandas.

Isso muito se faz necessário no estoque, onde erros humanos de contagem ou até mesmo a chegada de produtos que não estavam previstos, podem ocorrer de última hora devido a uma necessidade pontual.

O uso do WMS reduz isso, mas não elimina todas as possibilidades de imprevistos, e é nessas horas que o planejamento da gestão responsável por qualquer área do fluxo logístico, não apenas do armazém, tem que estar alinhada.

A integração e o alinhamento entre estoque, pátio e transporte já facilita bastante ter uma previsão das demandas e uma preparação para qualquer problema, ainda que essa previsão não seja 100% assertiva.


A logística de distribuição entre todas as variações e tipos de logística, talvez seja a que mais se aproxime do conceito de supply chain, mesmo que tenha suas particularidades.

Entender sobre a logística de distribuição e sobre como ela funciona, é compreender o impacto que a cadeia de suprimentos tem para o consumidor e o mercado.

É a logística agindo na sua mais pura forma.