Inteligência logística como diferencial para o seu negócio

inteligência logística nos negócios
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A inteligência logística envolve não apenas a cadeia de suprimentos e as atividades práticas e operacionais, mas também a parte estratégica, incluindo planos de negócio que dependem, indiretamente, do sucesso dos processos logísticos que ocorrem diariamente.

Essa visão bem mais ampla da logística como um negócio e não apenas como operações, traz para a empresa uma vantagem competitiva no mercado, como veremos neste artigo.


1 → O que é inteligência logística

A inteligência logística são todas as ações e habilidades de uma empresa que fornecem a oportunidade de reagir de forma rápida e eficiente diante das necessidades e demandas que o mercado, a concorrência e os clientes exigem.

Pensando agora no lado prático, a inteligência logística integra várias atividades internas (processos e operações) e externas (aquelas que englobam relações entre empresas e os fornecedores, parceiros de negócios ou clientes).

2 → O que integra a inteligência logística 

Como já percebemos, a inteligência logística oferece uma visão muito mais ampla e macro de tudo que integra a logística prática e as relações dela com o negócio.

A inteligência logística afeta não apenas processos e operações, mas também influencia na tomada de decisões ao estabelecer contratos, parcerias, investimentos e estimular o aumento de capital de forma estratégica.

Para isso, existem certas iniciativas que quando integradas, potencializam a inteligência logística posta em prática e a tornam um diferencial competitivo enorme frente aos concorrentes.

Inovação 

Nós falamos sobre inovação logística em um artigo dedicado a isso aqui no Blog, mas iremos reiterar aqui o que significa inovar.

Diferente do que muitos pensam, inovação não está relacionada somente à tecnologia.

Na verdade, a tecnologia é um elemento que pode fazer parte da inovação, que quando bem utilizada, eleva ainda mais a eficiência ao inovar.

Na verdade, inovar é pegar uma ideia e transformá-la em uma melhoria que possa ser reconhecida como um produto ou serviço pelo mercado, baseado na experiência de múltiplos usuários.

É por isso que inovar é uma importante parte da inteligência logística, pois influencia diretamente nas chances de sucesso da empresa ao traçar planejamentos estratégicos que influenciam na relação com o cliente final.

Visibilidade e Planejamento

Pode parecer óbvio, mas ainda que o planejamento seja algo essencial para qualquer gestão logística de uma empresa, existem muitas empresas que sofrem ao fazer esse planejamento por não ter um alinhamento preciso do seu negócio.

E o que seria esse alinhamento?

Saber não apenas do que se trata o negócio, mas conhecer as principais falhas e gargalos que carecem de melhorias nas operações e nos processos, é o que permite que os times montem planejamentos com mais assertividade e baseados sempre em dados reais, e não apenas em especulações.

Essa visibilidade sobre o que está e o que não está dando certo, o que está ou não acontecendo dentro da logística de sua empresa é o que permite ter uma inteligência operacional mais eficiente.

Inteligência operacional

Com o planejamento derivado de uma ampla visibilidade, temos como consequência uma inteligência operacional aprimorada.

A inteligência operacional é basicamente a capacidade que sua empresa tem de criar soluções que resolvam os problemas dos clientes.

Aqui o foco é sempre alcançar resultados acima do senso comum.

É sair da média e ir mais adiante, firmando-se como uma empresa que gere valor em forma de resolução para os clientes e seja reconhecida como a que faz, e não como a que promete.

Uma forte característica da inteligência operacional é a estabilidade dos rendimentos, sem grandes oscilações entre baixos e altos.

Monitoramento de indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho são peças fundamentais dentro da gestão logística de uma empresa.

Conhecidos também como KPI’s (Key Performance Indicator), eles podem ser gerados de forma manual, mas essa é uma atividade bem propícia a erros e onde o tempo consumido é absurdo se comparados aos KPI’s gerados pelas ferramentas de gestão, como é o exemplo do ERP.

Na verdade, cada system management (sistemas de gerenciamento) fornecem seus KPI’s relacionados às suas áreas de atuação específicas.

O YMS fornece indicadores exclusivos sobre o pátio logístico.

  • Número de agendamentos;
  • Número de check-ins e check outs por período;
  • Tempo médio de um veículo, por etapa, no pátio;
  • Produtividade por doca;
  • Produtividade por equipe;
  • Localização de ativos e veículos no pátio;
  • Desempenho por transportadora.

 O WMS também tem seus indicadores chaves.

  • Movimentações internas dos itens;
  • Expedição;
  • Recebimento;
  • Documentos movimentados;
  • Visualização por período,
  • Áreas de estoque que precisam de novos recursos.

Até o TMS tem seus indicadores relacionados ao transporte.

  • Coletas em execução;
  • Entregas pendentes;
  • Embarques;
  • Entregas confirmadas;
  • Motoristas ativos;
  • Faturas em aberto.

Mais importante do que os próprios KPI’s, é saber o que cada um deles significa e o que fazer com esses dados quando forem fornecidos.

Esse monitoramento inteligente faz toda a diferença na hora de tomar uma decisão estratégica ou urgente, para resolver algum problema.

Equipes multifuncionais

Ter uma equipe que seja muito eficiente em uma etapa específica do fluxo logístico é importante, mas já não é o suficiente hoje em dia.

A corrida contra o tempo na Last Mile, somada à integração necessária entre todas as áreas (armazém, pátio e transporte) faz com que cada vez mais sejam necessárias equipes multifuncionais.

Isso não quer dizer que cada operador precisa saber executar com o mesmo nível de eficiência todas as funções dentro da logística, mas que deve conhecê-las para justamente poder ajudar na resolução de problemas ou criação de estratégias.

A logística atual não é mais aquela de tempos atrás, onde cada funcionário se limitava a realizar sua função sem ter nem mesmo direito a opinar diante de um problema que envolvesse todo o fluxo da empresa.

Hoje, saber como funciona o armazenamento, enquanto trabalha no pátio logístico, por exemplo, faz das equipes uma força única e facilita bastante a finalizar qualquer contratempo, assim como criar novas estratégias.

Foco no cliente

Ter o foco no cliente é algo que move qualquer empresa que atue diretamente no setor logístico hoje em dia.

Não adianta a produção ser acelerada e eficiente, a armazenagem ser livre de erros comuns, o pátio logístico ser assertivo na entrada e saída de veículos ou o transporte usufruir das melhores rotas e frotas se, no final de tudo, a devida atenção não é dada ao cliente.

É preciso analisar o mercado e o seu público alvo para saber coisas que definem toda uma estratégia logística e, na prática, se expande para outras áreas como a comercial.

Qual é seu público alvo

Entender qual o perfil que você melhor atende e que mais requisita os serviços ou produtos da sua empresa é essencial para montar uma estratégia baseada na maior parte dos consumidores que se interessam pelo que sua empresa tem a oferecer.

O que seu público espera do seu serviço

Quais as maiores reclamações ou expectativas do seu cliente? Uma melhoria no tempo de entrega? Uma embalagem mais reforçada ou de acordo com as políticas da logística verde? Um melhor atendimento ao cliente?

Saber essas coisas coloca sua empresa à frente na hora de determinar o que fazer diante da concorrência.

Metas baseadas no mercado

Traçar metas e defini-las de acordo com o que o seu mercado e seu público exige é o exemplo mais sólido de como ter a inteligência logística focada no cliente e na sua satisfação.

Como resultado, a fidelidade do seu público e o engajamento de sua marca tendem a crescer.

3 → Benefícios gerados pela inteligência logística

Otimização das operações e melhoria de resultados

Com essa visão macro que a inteligência logística integra à gestão, é possível mapear os gargalos com uma amplitude maior e investir melhor no que é mais urgente.

Lembra quando falamos sobre a visibilidade e o planejamento lá em cima? Pois é aqui que notamos o resultado de um planejamento estratégico bem feito.

Não apenas os resultados operacionais se mostram mais eficientes, mas também a estratégia de negócios fica mais clara e objetiva, uma vez que a parte operacional está fluindo.

Visão estratégica 

Quando se fala em visão estratégica, é preciso entender que isso não diz respeito apenas à logística, mas à empresa como um todo.

É importante que as pessoas que estão no topo da liderança tenham uma compreensão única sobre todas as etapas que compõem não apenas o fluxo logístico, mas também os processos que fazem parte da estratégia organizacional.

Para isso, existem dois pontos que regem a visão estratégica.

Foco nos processos

É a parte mais básica da inteligência logística e também a mais evidente.

Sem processos bem definidos e aprimorados, a inteligência logística trava e todos os benefícios e etapas posteriores a essa, sofrem com gargalos.

Benchmarking

É o estudo de mercado, onde os responsáveis por essa parte irão analisar principalmente a concorrência e entender mais sobre o mercado em que a empresa está inserida, e como os concorrentes se comportam diante do seu público.

É claro que copiar o trabalho de outra empresa não é a ideia, mas sim tirar dos resultados positivos da concorrência, ideias para aprimorar ainda mais os seus próprios resultados, assim como explorar a deficiência de outras corporações para que o mesmo não ocorra na sua.

Redução de custos 

Como um diferencial competitivo frente aos concorrentes, a redução de custos também está fortemente ligada à inteligência logística por consequência das melhorias práticas e estratégicas.

A otimização das operações traz eficiência para atividades rotineiras que demandam tempo e se esse tempo é economizado, automaticamente também se tem uma redução nos gastos desnecessários com cada operação logística.

No armazenamento temos redução de gastos com erros no balanço de estoque e no Picking.

No pátio logístico economizamos um tempo absurdo antes dedicado ao monitoramento manual das cargas e no transporte temos a roteirização cuidando do trajeto de forma preditiva e ainda evitando os gastos desnecessários com manutenção de automóveis.

É impossível desligar a redução de custos da inteligência logística, uma vez que ela é o resultado prático de tudo que foi alinhado.

5 → Como aplicar a inteligência logística na sua empresa

Busque diagnosticar gargalos e falhas 

É claro que em um cenário ideal e perfeito, todos teríamos condições de termos uma ferramenta de gestão para cada etapa do fluxo logístico da empresa, economizando tempo, custos e trazendo resultados mais assertivos em todas as áreas.

No entanto, sabemos que existem empresas de todos os portes e culturas, incluindo ainda aquelas que não receberam as inovações tecnológicas de braços abertos em seus negócios, e sofrem diariamente para continuar no mercado.

De toda forma, diagnosticar erros, falhas e gargalos não é algo restrito apenas às ferramentas (embora elas facilitem bastante), é possível fazer isso mapeando toda a cadeia de suprimentos da sua empresa e usar a mesma visão estratégica mencionada antes, nela.

Invista em tecnologia e automatize processos

Nós aqui da Trackage sempre batemos nessa tecla e existem motivos para isso.

Investir em tecnologia é investir no futuro da sua empresa e de todos que dependem direta ou indiretamente dela, incluindo aqueles que são o foco da logística atual: o cliente.

Há espaço em todas as etapas da supply chain para automatizarmos processos e tornar o controle deles mais prático, incluindo nas três principais áreas do fluxo logístico. 

Alguns dados que mostram a necessidade de se ter investimentos cada vez mais sólidos na tecnologia voltada para a logística:

  • Cerca de 2/3 do custo logístico das empresas está estritamente relacionado ao transporte;
  • Em um estudo feito pela Fourkites, 27% das empresas acompanhadas não possuem visibilidade das métricas do seu pátio logístico;
  • O uso de um YMS aumenta a produtividade das docas entre 20% e 40%;

Capacite sua equipe 

Como costumamos dizer, não adianta termos um leque de opções tecnológicas nas mãos, se não soubermos o que fazer com elas.

O uso de um YMS eficiente como o Trackage Maestro contribui muito para a eficiência das operações do pátio logístico, assim como o WMS automatiza diversas etapas do armazenamento e o TMS se encarrega de cuidar do transporte, mas se não tivermos operadores inteirados sobre o que essas ferramentas fazem, de nada adianta tê-las.

Por isso, antes de investir em diversas novas tecnologias, procure saber se sua equipe está preparada e familiarizada com elas e caso não estejam, dê a elas a oportunidade de se capacitarem.

Qualificar os times é um investimento que dá frutos a curto prazo e beneficia toda a empresa, desde os funcionários até a gestão.

Integre sua cadeia de suprimentos

Por último, integrar a cadeia de suprimentos pode ser um meio de aplicar a inteligência logística no fluxo logístico da sua empresa.

Grande parte das ferramentas de gestão que mencionamos aqui, já possuem uma maior portabilidade para integrar-se umas às outras.

O próprio YMS Trackage Maestro se integra muito bem a outros softwares de gestão como um WMS ou um ERP.

Essa integração torna o fluxo logístico muito mais fluido e ágil, refletindo essa rapidez tanto nas operações quanto na coleta de dados na hora do gestor tomar alguma decisão.


A inteligência logística dá, não apenas ao gestor logístico, mas a todos que compõem as operações, processos e estratégias, a chance de elevar o nível do serviço prestado ao cliente final, de uma forma estratégica e muito mais eficiente.

Enxergamos assim a logística e o negócio da empresa como uma só coisa, integrada a todas as etapas da cadeia de suprimentos e dando a devida atenção ao que é necessário na busca por melhorias e resultados.